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A orelha de Van Gogh 

 ou a Lição do Semeador:

O processo criativo a partir do exemplo de Van Gogh

"O meu tormento não é mais do que este: no que eu poderia ser bom?"

 Vincent van Gogh

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Carta a Theo

 

Ao contrário do que supõe o senso comum, Van Gogh foi um artista consciente do seu processo criativo e não um gênio louco a fazer tudo por instinto. 

Observando sua biografia, vemos alguém em constante busca de sentido e que, ao encontrar a sua vocação, dedicou-se a ela verdadeiramente.

Esse processo criativo inclui ciclos de aprendizado técnico, definição de objetivos, esforço,

observação da realidade, meditação, conhecimento da tradição, e muito trabalho, tudo isso orientado por um propósito elevado.

A seguir veremos como a trajetória de Van Gogh é uma verdadeira lição de lucidez e vontade na realização de um processo criativo.

Sumário:

  1. Experiência de base: infância e juventude (1853-1869)

  2. Experiência profissional: comerciante de arte (1870-1876)

  3. Desejo de propósito: missionário evangelizador (1876-1880)

  4. Descoberta da vocação e caminho da excelência: artista (1880-1885)

        4.1. Primeiro ciclo: a prática deliberada

       4.2. Segundo ciclo: o trabalho vertical

 

 

Com ilustrações e diversos exemplos colhidos diretamente da maravilhosa correspondência de Van Gogh.

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